terça-feira, 14 de junho de 2011

NEM BAMZO, NEM BAMZÉ - UMA REFLEXÃO SOBRE A PSICOLOGIA POSITIVA E RESILIÊNCIA: FOCO NO INDIVIDUO E NA FAMILIA ( MARIA ANGELA MATTAR YUNESI) 1

O povo negro escravizado e submetido a condições sub-humanas era tratado como Bárbaros. Entretanto haveremos de entender que em tais condições, suportavam muitos medos, uma vez que permanentemente, via suas existências ameaçadas. Diante da possibilidade de morrer de fome e de frio ou de serem submetidos as extremas torturas. Para enfrentar essa situação, o cérebro programou duas alternativas, a fuga ou o ataque. “Efeito de Neandertal”. Ainda assim não obstante as condições impeditivas, as soluções criativas, sempre se fizeram presentes. Como temos reveladas nas danças, como a dança rural do Sudeste, de origem Banto, conhecida como jongo/Caxambu, que às vezes exigia um reagir relâmpago, improvisando versos diante de qualquer ameaça. ex:“catiguele está me olhando”, ou seja modificando os versos, para dizer que, o feitor estava observando, e não a espécie de primada do mesmo nome. Sempre se fizeram presentes uma secreta forma de comunicação entre os negros escravos. No que diz respeito ainda a possibilidade de solução criativa, “na aplicação eficiente de recursos disponíveis”, no enfrentamento da fome temos, a feijoada. Hoje as novas formas de ameaças são a invisibilidade, um não existir, o que implicou em permanentes lutas dos movimentos sociais negro objetivando provar o óbvio, negado pelas elites, que o racismo existia. Como hipocrisia tem limite. Quando o movimento negro passou a trabalhar com números, estatísticas, dando conta da cruel exclusão e abismo entre negros e brancos. Começou a se desenhar uma agenda política, voltada a discussão dessa mesma óbvia realidade. Todavia, caminhanhos a passo de tartaruga. Mas quero crer que, temos hoje tecnicamente definidas, novas soluções criativas. Certamente não tão novas assim, que deverão ser vista como de grande valor na construção de uma identidade negra positiva. O negro não teve sua identidade esfacelada porque nunca deixou com que as cruéis vicissitude impusesse um total bloqueio pelo medo. Estou falando da RESILIÊNCIA, que nas diversas formas como é definida podemos dizer que é o povo negro especialista:
    “resiliência é uma capacidade universal que permite que uma pessoa, grupo ou comunidade previna, minimize ou supere os efeitos nocivos das adversidades” (Grotberg, 1995, p. 7). (pág.8)
    “invulnerabilidade às adversidades” (pág.10) 
    “habilidade de superar as adversidades”. (pág.10)
     O povo negro não quer saber quem envernizou a asa da barata, o que não podemos é ser responsabilizados  pelo critério hipócrita de divisão populacional por cores. Tais afirmações nos deixarão sempre no campo da superficialidade. O que sabemos é que, MISÉRIA TEM COR NO BRASIL!  
Fonte pesquisada em 14 de junho de 2011.http://www.msmidia.com/ceprua/artigos/rescap2.pdf

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